> Roccana Poesias: Regeneração

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"Poesia traz vertigens. Ora cruel, ora leve, ela é desnuda."

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8.2.06

Regeneração

Caminho a teu lado
Navego tua rota
Viajo sem volta
Revejo o trajeto
Lamento o meu erro
Disfarço a tua cara
Provoco o desejo
Me espanta tua ira
Me lanço no escuro
Adio as mudanças
Defino meus álibis
Planejo meu crime
Escondo tuas provas
Te vejo no espelho
Revejo tua pele
Desejo tua fome
Suporto minha sede
Engulo meu pranto
Rumino teu medo
Desisto de tudo

Caminho no espelho
Navego teu medo
Viajo tua fome
Revejo meu crime
Lamento tua rota
Disfarço minha sede
Provoco tua pele
Me espanto a teu lado
Me lanço do nada
Adio meu erro
Defino o trajeto
Planejo as mudanças
Escondo meu pranto
Te vejo no escuro
Revejo meus álibis
Desejo tua ira
Suporto o desejo
Engulo o que sinto
Rumino a tua cara
Desisto de tudo

3 comentários:

Anônimo disse...

Quero ser teu álibi.
Ou teu cúmplice.

Anônimo disse...

A mim parece a dor do comprometimento, interno e externo. Doce dor.

Anônimo disse...

Maravilhosa essa poesia. Me faz lembrar de "Construção", do Chico Buarque, na brincadeira com as palavras - ainda que o sentimento que ela desperte seja muito, muito diferente.

[]s,

Roberto