> Roccana Poesias: Sede

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"Poesia traz vertigens. Ora cruel, ora leve, ela é desnuda."

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26.5.06

Sede

se transbordo em lágrimas e suor
se me liquefaço em teus lençóis de areia
se minha boca te umedece
se verto água para aplacar a tua sede
como uma nascente farta e me derramo em ti,
areia do meu deserto,
calor que teima em arder em mim
é porque também em mim transbordas
como rio, fluxo, vertente que sacia
também sou areia incandescente,
se em mim não chega tua chuva
somos água que mata a sede um do outro
e sol que queima, aridez e solidão

3 comentários:

Luiz Felipe Botelho disse...

Linda demais! Fiquei ligado no outro blog, nem tinha visto este post-poesia aqui. Essas palavras soam com o calor daquela língua élfica que falam no Senhor dos Anéis. Se existe um idioma que é, por si só, romântico, é aquele. Parecem sussurros, carinhos verbais. Dizem que o Tolkien, que era também linguista, criou o élfico a partir do finlandês. Se você nunca ouviu, experimente observar os diálogos entre os personagens Aragorn e Arwen em A Sociedade do Anel e As Duas Torres. Têm a musicalidade cheia de sentimento que tem esta sua poesia.

Tania Velázquez disse...

O Felipe falou e disse!
Maravilhoso e romãntico como esses personagens de Tolkien.

Os países nórdicos são muito frios, mas as pessoas são muito amorosas, carinhosas, românticas. É um outro mundo, mesmo!

Quem sabe um dia você conhece um finlandês e vai morar lá?
Não tô brincando, viu? Acho que foi pressentimento.

Anônimo disse...

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